Rachid o ponto de encontro

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Era assim, toda a sexta-feira era esperada por muita gente no Jardim Amanda. Muita gente que tinha na diversão, na dança uma válvula de escape; pra relaxar e melhorar um pouco a vida de quem passava a semana no esporro.

Está certo que as vezes o tempo ficava tenso, brigas e discussões enervavam os ânimos, ou quando a polícia chegava e tirava todos do salão para aquela geral coletiva.  O Rachid era um dos poucos, talvez o único lugar para o lazer e a diversão do povo trabalhador do Jardim Amanda.

Era assim, sexta-feira, sábado e domingo. O Rachid era o ponto de encontro entre paqueras, namorados e amantes.

As panelinhas de encontravam, rolava uma richas, algumas com desdobramentos tristes como troca de socos e até tiroteio.

Independente de quaisquer circunstâncias, há histórias e memórias sobre a vida de muita gente que frequentaram o Rachid. O fato é que para o bem ou para o mal, aquele espaço foi por um bom tempo um território de construção de laços afetivos, de identidade do que foi e é o Jardim Amanda nos dias de hoje.

A identidade presente do bairro tem muita a ver com a identidade do passado. O Jardim Amanda é um Brasilzão onde tudo se pode aprender como de tudo se pode esquecer, ou não. O Rachid foi um point onde paranaenses, paulistanos, baianos, mineiros, cearenses e pernambucanos se encontravam. Foi através desses encontros no Rachid ou no raspadão do Inter Jr que o Jardim Amanda se construiu. Oxalá.

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