A lagoa do Jardim Amanda constitui um dos seus principais patrimônios. O primeiro grande patrimônio do bairro são seus moradores; suas histórias e memória compõem a riqueza desse patrimônio. Aliás, não tem preço diga-se de passagem. A cada dois anos candidatos os confundem como uma nota de 50 reais.
Como ia dizendo, a lagoa é o segundo grande patrimônio do Jardim Amanda. Uma herança que nasce lá no campo da mina e segue o fluxo formando duas belíssimas lagoas. A lagoa hoje é um cartão postal. Já fotografei por diversos ângulos. É realmente linda.
Mas esse cartão postal já passou por poucas e boas. Já ficou seca a ponto de não haver mais água, nem peixe, e nem as fotos. Ela já sofreu com poluição, os águas-pés já invadiram sua superfície. Inúmeras foram as limpezas com dragas e caminhões.
Os mais velhos lembram das pescarias. Ao redor era só mato. Ninguém imaginava a transformação por que passou. Por muito tempo a lagoa foi abandonada, servia de desova de carros desmanchados e defuntos. Dizem que os mortos boiavam sob as águas. Eu nunca vi, só ouvi.
A lagoa atualmente integra um complexo ambiental. São áreas de lazer com prédios públicos e seus serviços, além de outras propostas de revitalização e aproveitamento do espaço. Esse cenário caracteriza a realidade de 2021. Aos finais de semana, uma voltinha ao redor da lagoa é possível observar a movimentação. Comércios ao redor lotados, quadras poliesportivas disputadas por times de vôlei, basquete e futebol. Academia ao ar livre e parquinho para a criançada. A lagoa já serviu no passado como reservatório de água para tratamento de equinos da antiga Fazenda Bela Vista. Ela foi um reservatório de peixes relativamente grande. Como sabe os pescadores da lagoa do Jardim Amanda tem muitas histórias. O Jardim Amanda é um brasilzão de muitas histórias.